quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Amanhecia...


Amanhecia...

" Ela sentava na areia morna,
Afundava os pés, como se pudesse cobrir a falta...
Olhava o mar e amortecia.

E a maré subia, sussurrava, diluía-se... nela.

Pensava nele,
como fazia todos os minutos desde que o conheceu...
e sorria.

Os olhos dela fluíam, perdidos naquela imensidão
Arrepiava o corpo e abraçava a pele, rouca de dor
Como se pudesse abraçar...ele, todo ele.

Ela gostava de sentir-se assim, tão dele
Toda dele.
Perdia-se em perguntas, ali naquele infinito do mar
Buscava respostas e os olhos dele...
Sabia que era ali que pertenciam, um ao outro,
Ali, onde as ondas do mar, acalmavam...não existiam limites...
E amavam-se, plenos, intensos, dentro.

Na areia escorriam segredos, lentos, presos...nela.

Ela fechava os olhos e sonhava corpos nus...
Sonhava ele...ela
Nele, nela...
E para sempre, eles. "

Ana €!¡sa
15-12-2011
14h15

Nenhum comentário: