Isolda Nunes

Isolda Nunes


Sedas, as mais finas, um balé sincronizado
em meu corpo quando ando.

Deslizo a mão entre meu ventre sentindo
o prazer do toque...
Já úmida me desnudo sem a menor pressa...
Eu te espero, pronta, febril e sem pudor.


Isolda Nunes
09/06/2010


Noites, eternas noites...

Quando tu me vens...
me surpreendes sempre...
atravessas lentamente meu
corpo sem me tocar,
e me tiras os mais ardentes
beijos, me atiça me deixando
a mais vulnerável das mulheres.
Trocamos carícias em pensamentos,
nossos sexos úmidos e pulsantes nos atrai cada vez mais,
fico tonta, tremula e à-toa.
Me entrego dissimuladamente
as tuas vontades,
as tuas ordens
e as tuas fantasias.
Te leio e te devoro,
cada letra, virgula e ponto,
mesmo que maus colocados,
me penetram e eu te ensaio orgasmos tímidos...
É nas altas horas da noite
que te espero pronta, felina,
menina boba.
Me ensina,
me domina
me faz ser mulher.
Noites, altas horas das noites,
me vens como Anjo, Filosofo
e escultor, menino moleque,
culto e gentil.
Transformo-me em asas e deixo-me
voar pelas tuas vontades Senhor
das Trevas virtuais,
pela tua tempestade avassaladora,
pelo teu jeito de me querer e me ter.
Sincronismo mútuo nos nossos
vôos rasantes .

Isolda Nunes
(daqui)