quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Indecente



Indecente

' Eram tão indecentes os sonhos
Sentimentos em metades, apáticos, sozinhos e vazios.
Eram tão roucos os gritos e tão distante os pensamentos
Pareciam presos em algum tempo longínquo
Um tempo insano, viciando em demoras.

Eram sedentas as manhãs sem tua presença...
Fome que não aplacava
Desejo que consumia
Loucura de mãos que se perdiam e morriam perdidas na cama úmida.

Eram arrebatadoras e inflamadas todas as emoções
ao te suspirar
E aconchegantes todos os gemidos quando te procurava dentro de mim.

Eram confusas as madrugadas
Quando abraçava as palavras mudas e tentava acalmar toda pressa
Tentando sobreviver naquele quarto fechado, consumida de saudade...
Oculta, ignorada, perdida...desde que você se foi.

Eram assim, indecente gruta de emoções
Onde lambia o tempo devagar
Acorrentada no passado...
 Silenciando a dor da tua partida. '


Ana €!¡sa
31-10-2013
11h05

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