Tempo de Espera
Amanhecia na noite carregada de desejos,
Lençóis soltos, jogados ao chão...
Corpo nu, deliciosamente perfumado de amor.
Respiro longamente...
Relembro, languidamente, momentos a dois.
Quando a língua atravessava ansiosos segredos
Buscando o caminho mais intenso...
Fincando raízes,
Arrepiando a pele, procurando mãos, cheiro, gosto.
Um sussurro baixinho, levemente adocicado,
Penetra sensualmente na pele,
Estremecendo lembranças, pernas...
Mãos e músculos rijos encontram o corpo inquieto
Braços enlaçam braços
Apertam e amarrotam a carne, enquanto declinam beijos ávidos
Procurando prazer, desejo e palpitações extremas.
Amanhecia...e o tempo parado lá fora
Chuva fina, que batia mansa na janela, escorrendo gotas...
Dentro, entre, sempre...
ato-me à pele suada
Ofereço-me...
Frente a frente
Corpo, boca, sede...tua.
Lá fora, amanhecia...
Tempo de espera.
Aqui dentro ainda era noite sôfrega,
Escorregadia e ardente...
Totalmente nossa.
Ana €!¡sa
25-04-2012
25-04-2012
15h43
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