quarta-feira, 25 de abril de 2012

Tempo de Espera

Tempo de Espera

Amanhecia na noite carregada de desejos,
Lençóis soltos, jogados ao chão...
Corpo nu, deliciosamente perfumado de amor.

Respiro longamente...

Relembro, languidamente, momentos a dois.
Quando a língua atravessava ansiosos segredos
Buscando o caminho mais intenso...
Fincando raízes,
Arrepiando a pele, procurando mãos, cheiro, gosto.

Um sussurro baixinho, levemente adocicado,
Penetra sensualmente na pele,
Estremecendo lembranças, pernas...
Mãos e músculos rijos encontram o corpo inquieto
Braços enlaçam braços
Apertam e amarrotam a carne, enquanto declinam beijos ávidos
Procurando prazer, desejo e palpitações extremas.

Amanhecia...e o tempo parado lá fora
Chuva fina, que batia mansa na janela, escorrendo gotas...
Dentro, entre, sempre...
ato-me à pele suada
Ofereço-me...
Frente a frente
Corpo, boca, sede...tua.

Lá fora, amanhecia...
Tempo de espera.
Aqui dentro ainda era noite sôfrega,
Escorregadia e ardente...
Totalmente nossa.

Ana €!¡sa
25-04-2012
15h43

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