segunda-feira, 9 de abril de 2012

Eco do Desejo


Eco do Desejo

Doía, as vezes que te dei boca, corpo, umidade...

(Sangrava dor...)
Doía, todo carinho com que eu vestia de caricias teu coração.
(Sangrava a pele...).

Amenizava a saudade... devagar.
Em cada lembrança de nós dois

Parecia vê-la fluindo junto ao vento,
Leve, frio, vazio...e ia...seguia.
Era quase palpável,
Sentir o quanto doía
E agora, fluía...

Nesse momento, a falta, já nem era tanta...
Desejo perdia-se em ondas quentes
O beijo...ah!! o beijo, doce, intenso

Era apenas falta, dentro.

Nesse tempo de outono, brisa úmida,
Desfolhando sonhos, saudade...
O vento leva...e passa.
Sobram murmúrios de folhas caindo...
De noites vazias.

Aquecia-me assim, como a estação,
Silenciando o coração...
A espera de uma nova brisa
De um novo despertar.
Deixando apenas o eco de nós.

Ana €!¡sa
09-04-2012
14h

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