terça-feira, 23 de agosto de 2011

Sem Palavras


Sem Palavras

" Minhas letras estavam leves...
Formavam palavras com fluidez
Caminhavam livres pelo tempo...
Ocupavam espaços desabitados e carentes.

Mas, o tempo mudou...
O que era azul foi descolorindo
E a neblina tomava conta das páginas onde as depositava...
O vento, sempre tão possessivo, foi revirando... página por página
Derrubando palavras sonhadoras, letras desavisadas...
E todas elas espalharam-se
Tornaram-se vazias, solitárias e mudas.

Tentando recuperar, só encontro versos tristes
Letras que brincam...
Rebeldes...
Divertem-se com a procura.
E nesse ímpeto em acha-las, perdi o prumo, o rumo.

Procurando nas esquinas de ventania...
Encontrei palavras adormecidas...
Caricias e gemidos embebidos em sal
Letras chorosas, jogadas e cheias de pó...
E a palavra: amor, deixada de lado.

Mesmo assim, não desisto...
Que seja breve a volta de todas elas
Alinhadas e cheias de vida."

Ana €!¡sa
23-08-2011
11h30
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obs...um dia, meu grande amor, disse:
- nunca deixe de escrever, que eu estarei, onde estiver, lendo você.
e assim é e será...sempre

beijo meu
Ana €!¡sa

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