" Entardeceu, tempestade cai lá fora impiedosa,
e um silêncio doído se faz aqui dentro.
Os olhos fecham e arrastam lembranças
de outras tempestades,
do toque das mãos...
do colo, do olhar,
da presença que acalma, acolhe...
.
Frio...
Coloco-me indefesa e nua na chuva
como se fosse você, molhando-me...
ensopando-me e entrando em mim.
A tempestade responde, torna-se mais forte,
mais quente e espessa,
colando-se a minha pele.
Me envolve, abraça, toma meu corpo...
Quase desfaleço...
O vento corta, parte e dilacera
minha pele e minhas vontades...
e entra.
Eu abraço a chuva...
Já inerte, deixo o vento entrar...
molho-me toda
pensando em você."
.
Ana €!¡sa
12-12-2009
Nenhum comentário:
Postar um comentário