domingo, 23 de junho de 2013

Desfaço-me


Desfaço-me

Desfaço-me, deito-me, ato-me, sedenta de tua presença
Dispo-me perigosamente de todas minhas armaduras
Cubro-me, vagarosamente, de sedução, paixão.
A boca encharca-se de desejo
Pensamentos impuros, onde escorrem pecados.

Ouço relâmpagos, tremores que abalam minhas entranhas
Onde sangram versos secretos.

Procuro teus olhos,
Tuas mãos que arrebentam marés
Procuro tua boca,
Onde acalmo minha febre
Procuro tuas mãos, dedos ágeis, ávidos por caminhos
Atravessando, lento e úmido o corpo à tua espera.

Desfaço-me, ato-me, faço-me poema
Carregado de saudade.

 Ana €!¡sa
06-07-2013
17h24

Um comentário:

A.S. disse...

Belo... intenso... deliciosamente excitante!
Cada palavra é uma ardente caricia escorrendo
docemente sobre a pele...!!!