Vento Úmido
" O vento soprava rude, aflito, vadio
Queria a todo custo, entranhar-se por ela
Ocupar o corpo, agitar as vestes...
Levá-la ao frenesi, ao delírio.
Ela, inquieta, apoiava-se na parede próxima
Prendia a seda fina no meio das pernas
Resistia, cambaleante
Tentava impedir a posse, o desejo...
Gemia.
O corpo tremia com a força do vento possessor
Agitava-se, dobrava-se...
Queria.
Ela agonizava entre querer ou não.
O vento a atingia com fúria,
Prendendo-a em folhas...
Lambendo-a, com a brisa úmida...
E chorava...
Querendo aplacar a saudade que sentia dela,
nela. "
Ana €!¡sa
26-01-2013
15h16
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